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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Indignadaaaaa





Londres - Um ônibus espera os tripulantes na porta do avião para levá-los ao hotel. No portão de saída do aeroporto, um funcionário entra no ônibus para observar os crachás e a chefe do vôo entrega um formulário preenchido com o nome de todos. Pronto é assim que entramos no país.


Paris - Também um ônibus nos espera na porta do avião e vai direto ao hotel sem termos contato com ninguém.



Madri - Vamos à pé pelo finger e passamos direto pela polícia federal rumo às bagagens. No máximo os policiais nos dão um oizinho.



Frankfurt - Também entramos direto. Às vezes carimbam nosso passaporte.



Milão - Passamos direto pela polícia, que às vezes até nos dão um olhar indiscreto, tipo, "brasileiras humm".



USA - Como manda o protocolo, temos que mostrar o visto e colocar os dedinhos no scaner. Claro eles são diferentes e precisamos agradar ao ego americano. (EXCESSÃO À REGRA).



Mercosul - entrada livre.



BRASILLLLLLLLL - No último vôo fiquei 32 minutos na fila da polícia federal para mostrar o passaporte e o piorrrrrrr, vi uma tripulação italiana passar direto. Fiquei indignada. Se, em quase todos os outros países entramos direto. Estou me referindo a tripulantes e não a passageiros comuns, por que em nosso país temos que passar por esta burocraciaaaaa? Você chega cansada, torcendo para dar tempo de pegar o primeiro ônibus que tiver. Não vê a hora de chegar em casa, mas não. Você é obrigada a ficar em uma fila esperando todos os tripulantes que estiverem chegando no mesmo horário passar pelos fiscais de plantão. Acho engraçado porque se estamos entrando em nosso próprio país, para onde será que eles vão nos deportar caso achem alguma irregularidade???

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Conversas na sala de embarque:

Não que eu seja bisbilhoteira, mas na sala de embarque você acaba ouvindo tudo ao seu redor. Veja alguns minutos que passei esperando um vôo para Londrina.
- Com licença, eu estava ouvindo a senhora comentar que é de Água Azul do Pará? Um homem se dirigindo a uma senhorinha.
- Sou sim.
- Ah que coincidência eu morei lá em 1985. Fiz muita amizade lá.
- Ah sim, o povo lá é bão né fio.
- É sim. Senhora conhece o Osvaldão taxista?
- Conheço sim
- E como ele está?
- Ah fio, morreu.
- Morreu?
- Morreu de morte matada. Mataram ele com três tiros lá na pracinha.
- E o Juraci, que foi prefeito?
- Também morreu matado dentro do carro.
- Nossa!
- É o povo é bão fio, mas eles mexeram com quem num devia né.
- É. E o Valdecir do postinho?
- Ah esse tá bem também, mas o fio dele tá preso.
- Qual o mais velho?
- Num sei, ele tem uma renca de fio né. Eu sei que o moleque tava envorvido com coisa que num presta.
- Hum sei.
- Mas então, o senhor num tá indo pra lá? Daqui a pouco vão chamar o vôo.
- Não, não, mudei meus negócios de lá. O Pará é muito longe e minha família não se acostumou lá não.
- Ah sei, é assim mesmo o povo vai pra lá arruma dinheiro e vem embora depois que fica rico. Eu e meu veio não. Nóis é feliz lá. Vim visitar minha fia aqui em São Paulo. Nunca tinha andado de avião. Mas eu fiquei feliz, num é que o bixão desliza no céu e a gente nem sente, parece que tá parado, que nem essa mesa aqui ó. E aquelas moças bonitas entregando lanchinho pra gente né. Ai é bão demais.
Enquanto isso, dividindo o espaço, passageiros que seguia para Belo Horizonte.
-Mãe, mãe dá 50 centavos.
- Que, que ce qué menino? Já comeu trem, já bebeu trem, que trem ce qué mais?
- Eu só queria um trenzinho ali.
Tentei ler uma revista mas, alguém no orelhão conseguiu me distrair. Era uma mulher, falando bem alto.
- o Júnior, Júnior desliga isso aí, que senão quando eu voltar eu te arrebento. Você num tá vendo que sua irmã quer usar um pouco a internet. Chama a Sueli aí. Júnior eu to falando com você, ta me ouvindo? Se essa menina continuar chorando a Sueli vai me contar, ah moleque eu vou te pegar pelos cabelos.

Não gente, isso não é uma rodoviária, acreditem é um aeroporto. rs

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Descança Mercedes


Ola pessoal, perdoem minha ausencia; (estou em Paris e o teclado aqui eh todo diferente. Cade o acento circunflexo????) Pois bem, Minha avo Mercedes faleceu e fui pra Rolandia (circunflexo no a) enterrar com ela a minha historia. Tinha ali guardado, a maior parte da minha vida e tive que jogar tudo fora, sem olhar pra tras. A minha avo foi do tipo que causou enquanto viveu e agora deixou um vazio enorme. Em grande parte do tempo ela ditou as regras que regiam a familia. Esse era seu jeito de amar e de cuidar de nos (tambem nao estou achando os acentos agudos e o til); Como ela dizia: "Minhas coisas, eu gosto com pingos nos iiisss", ou seja tudo tinha quer ser correto e da maneira dela. Quando a gente se propunha a lavar a louça dela, tinha que se ver refletido no aluminio. A ultima vez que estive com ela, 15 dias antes de seu falecimento, fomos fazer pipoca doce. Eu ja tinha colocado milho na panela. A quantia que eu achava suficiente, mas quando ela olhou, disse que era pouco e despejou o saquinho dentro da panela. Resultado: estourou tanta pipoca que a tampa da panela levantou. E nao parava mais de estourar. Deu um ataque de risos na minha avo, que pensei que ela fosse engasgar. Chegou a se curvar na pia de tanto rir ao ver o exagero de pipocas que tinha feito. Ai Mercedes como voce faz falta. Foi uma escola pra mim e agora esta descançando no lugar onde sempre quis, no céu.