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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Itacaré





































Território baiano, povo descolado, povo que vive o hoje. Acordam cedo. Terra onde o côco encontra com o mar, onde até os cachorros nadam. O peixe é fresco. Terra que dispenso comentário, mostro as fotos. Mas um detalhe quero me ater. É impressionante a familiaridade do povo itacareense com o rio. Usam rabetas (canoa formada por um tronco de árvore. Até que o gui me falou o nome da árvore, mas quem disse que eu lembro). Crianças saem pra brincar do outro lado do rio; entram na rabeta, levam o cachorro. Os vizinhos chegam de rabeta pra jogar futebol no campinho; as mulheres vão ao culto, entram na água pra pegar a rabetinha, molham o vestido, nem ligam. É tão normal andar de rabeta como seria andar de bicicleta ou de coletivo pra gente. Itacaré é apaixonante para quem gosta de andar, nadar e se divertir com o povo de lá. Ochiiii.
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terça-feira, 17 de novembro de 2009

E o vôo sai...


O suco perguntou para a água, que perguntou para as necessaires, que perguntaram para as toalinhas quentes, que perguntaram para os pães, que perguntaram para as balas, que perguntaram para as cestas de pães, que perguntaram para o bule, que perguntou para a gaveta, que perguntou para o kit bebê, que perguntou para os CHDs, que perguntaram para as refeições especiais, que perguntaram para os trolleys, que perguntaram para a caixa de chá, que perguntou para o lixo, que perguntou para os baldes de gelo, que perguntaram para as refeições do jantar, que perguntaram para as bebidas, que perguntaram para as bandejas, que perguntaram para os amendoins, que perguntaram para as necessaires da volta, que perguntaram para as refeições do café da manhã, que perguntaram para o trolley extra, que perguntou para a auxiliar sete, onde nós vamos? Aí, a auxiliar sete olhou para o auxiliar seis, que olhou para a auxiliar cinco, que olhou para a quatro,que olhou para a CF, que olhou para a comissaria, que passou um QAP pelo rádio e em seguida respondeu que tudo aquilo teria que embarcar.
Então a auxiliar sete deu um jeitinho para o suco, que levou junto a água. O auxiliar seis guardou as toalinhas quentes que se compadeceram do kit bebê e o espremeram juntinho. Em quatro minutos tudo estava ajeitadinho e quando a galley estava OK, os comissários olharam para a cabine e lá vinham seus amigos passageiros, que perguntaram a seus assentos, que perguntaram para as bagagens de mão, que perguntaram para os bins, que perguntaram para a duplicidade de assento, que perguntou para o cartão de embarque, que queria UP Grade, que perguntou para a CI, que perguntou para o despachante, que queria fechar a porta a todo custo. Novamente em quatro minutinhos tudo estava ajeitado e o avião decolou. É sempre assim, com o jeitinho que se dá, o vôo sai.