Este blog tem o intuito de apresentar alguns fatos e boatos da aviação. A maioria das histórias foram vividas por mim, enquanto aeromoça, ou enviadas por colaboradores.Participe
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sábado, 3 de setembro de 2011
Londres outra vez
Ah neste mesmo voo, tentou embarcar, ainda vivo, outro rapaz (brasileiro). Disse ainda vivo porque o cara se arrebentou em um acidente de moto. Como estava ilegal, o governo britâncio tinha que deportá-lo. Ele já tinha dado um preju de 70 mil libras. Tinha que vir ser operado no Brail, estava com uma costela cravada no estômago, cravícula e braço quebrado. Perna com fratura . Enfim ele estava arrebentado e o comandante não trouxe o rapaz. Voltou com ambulância e médicos para o hospital onde estava. Os médicos tinham que ter pedido autorização para o médico da empresa com um laudo da situação do rapaz. Como não fizeram, ele não pode embarcar. Deu dó. Mas é muito arriscado.
Bem a Europa anda em crise e as manifestações são constantes. Reveillon em Paris? Embaixo da Torre Eiffel é uma loucura. Os caras tomam bruscamente os celulares que estão sendo usados para fotografar e saem fora. Tsunamis no Japão, Irenes e Catrinas nos EUA. Bom eu vou ficar por aqui neste país de meu Deus e quem quiser se arriscar, cuidado!
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Porque hoje esse texto sou eu!
Particípio do amor
que o amor seja imaculado;
que o amor seja moldado;
que o amor seja imortalizado!
Que o amor seja encharcado;
que o amor seja ovacionado;
que o amor seja ilustrado;
que o amor seja comentado!
Que o amor seja consertado;
que o amor seja ligado;
que o amor seja frustrado;
que o amor seja experimentado!
Que o amor seja marcado;
que o amor seja letrado;
que o amor seja filtrado;
que o amor seja simplificado!
Que o amor seja memorizado;
que o amor seja engraçado;
que o amor seja mimado;
que o amor seja sonhado;
mas, que o amor seja amado!
Luciane Tonon
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Para Londres um caos, para o Brasil banal
BOm, pensando em tudo, não vou sair pra não gastar porque nas minhas contas e nos meus impostos, ninguém do senado está preocupado. Bjos a todos e até a voltaaa!
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
CRUZEIROS E RESORTS MUITO BARATOSSS
www.dargal.com
vale a pena!
sábado, 30 de julho de 2011
Mãe do céu, socorro!
domingo, 19 de junho de 2011
Inveja mata? To frita!
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Um dia...
sábado, 26 de março de 2011
quarta-feira, 9 de março de 2011
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
O sapato no divã
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1Bxz_rhOfo5-qGUEGmmtCwNOJ7RKWQ15SAbY7eSavjCHtgSJjhNl5AWXqB1kIF6R2BRmOWNUtrzirCEtsakjHzObUsPEhO_GVZTwR3aOj5g3e8ljtOsrU8yfBG7mFoNTVLDr1K1RH29Q/s320/diabo-veste-prada.jpg)
- Olá meu filho, diga qual o seu problema:
- Doutor eu ando muito triste ultimamente. Eu vim de uma grife muito famosa. Era até confortável. Conseguia fazer a cabeça da mulherada. Elas me usavam tanto que eu saia estragado. Claro que eu tinha que me submeter aos sprays, talquinhos, bolinhas anti-cheiros, naftalinas, sei lá.
Mas agora, doutor (chorando muito, ao ponto de ser ouvido na sala de espera). Mas agora, nada disso adianta. Não há nada que tire meu cheiro. Quanto mais sprays elas passam, mais eu fedo. Elas me guardam num armarinho, quando calçam minha prima sapatilha e coitado de quem abrir esse armarinho despreparado. Olham pra mim com nojo, com desprezo, aiaiaiaiaia doutor.
- Hum.
- O pior doutor é que o cheiro é o de menos. Desde que eu perdi a grife famosa para uma marca personalizada, que vem acompanhada de um selo de garantia de conforto, estou sendo rejeitadooooo. Eu me tornei uma pessoa dura, ríspida, esfolo os dedinhos, aperto. Elas não agüentam ficar comigo muito tempo, preferem aquela achatada da minha prima sapatilha buáááááá’ – (intensifica o choro). Sabe doutor, eu sei que elas têm razão por causa do meu salto. Outro dia eu li numa revista que “o uso do salto alto faz com que a mulher distribua maior peso e exerça maior pressão nos dedos dos pés, o que pode levar ao encurtamento nos músculos da panturrilha (batata da perna), provocar tendinite, fraqueza muscular, ruptura de ligamentos, entorse (virada de pé), esporões de calcâneos e tornozelos. Sem falar em aumento da lordose lombar, dores no joelhos, calosidade, joanetes e unhas encravadas, caso o sapato tenha bico fino” 1.
- Aham
- É o meu caso buáááááááááááá. A minha dona está com essa tal de lordose lombar. Ela me odeiaaaa. Está sofrendo muita dor e não sabe mais o que fazer. Ela e mais um monte de amigas. Doutor me ajuda eu quero me matar.
- Bem meu filho já deu o horário. Volte na semana que vem.
1 – SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL – Combatendo a Obesidade – artigo o risco do Salto Alto - Ano 9, no 106. P15.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Tomadas
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Relembrando uma de minhas aventuras no Amazonas
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYvKy8voTa61dJnKJ09vAtVkl7b8E7ptm3ZhL9DR8hYyJ1KQMS-Ytj3BsKPNjDe5CfOs1eXGT-DvZIZb5N3JF40rehyphenhyphen2_VNIPX045I_yGo39JK1gi-K6Md4_TkJWDDRI5RhnRlUB5BhjU/s320/rio_madeira_09072007.jpg)
Tem certeza que tem gente aí?
Essa foi a pergunta imediata que fiz ao piloto Paulo Bachmann depois de sobrevoarmos quase uma hora mata adentro com o Caravan Anfíbio 208. Chegamos à Região de Borba, mais precisamente em Axinim, margens do Rio Madeira na Amazônia. Uma comunidade de quase 2000 pessoas. É incrível, mas ali, onde ninguém imagina existe vida. E é por essas vidas “esquecidas” que voluntários de Asas do Socorro têm dedicado seu tempo e seu talento. Nossa equipe era composta de duas dentistas, uma médica, uma auxiliar de enfermagem, uma missionária e eu. Só mulher. E pra nossa surpresa a equipe foi acrescentada de mais seis mulheres que vieram da secretaria de saúde de Borba, o município responsável pela comunidade de Axinim.
Quando o avião amerissou muita gente já nos aguardava. A alegria expressa nos olhos deles era incrível. Como se dissessem alguém está olhando por nós. Segundo Bachmann, a população ribeirinha, ou caboclos é a que mais sofre por falta de assistência. Eles não são considerados nem índios, nem brancos e por isso não são assistidos como os índios. “É um povo que não tem nada e o grande desafio é o casamento da tecnologia do século 20, como um avião (pássaro grande de barriga), como dizem, com um povo que vive ainda como a 500 anos”, explica o piloto que há 15 anos trabalha com Asas. Para ele só mesmo a mão de Deus para fazê-los encontrar gente onde ninguém imagina. “Deus orquestra tudo. Manda chuva justamente quando temos que cancelar um vôo. Dá-nos sabedoria para descobrir rapidamente as eventuais panes do avião, entre outras coisas que posso chamar de milagres”, acrescenta o piloto. Os lugares que eles pousam, às vezes, levam-se dias para chegar de barco e numa emergência, o tempo é vida.
Mas, vamos continuar nossa aventura. Assim que desembarcamos em Axinim, a equipe já começou a montar os “consultórios” e a primeira frase que ouvi de um morador foi: “Vocês caíram do céu”, tal era a ansiedade deles por ajuda. O lugar tinha mais estrutura do que as situações normais que as equipes de Asas enfrentam. “Nossos equipamentos são adaptados para regiões precárias mesmo; como cadeiras de plástico dobrável; gerador de energia solar para funcionamento do compressor; nossas camas são redes e o que trazemos na bagagem é muito amor por esse povo”, explica a missionária Mara Jeane Dantas.
A fila de espera para atendimento num instante ficou enorme. E eu pra aproveitar a ocasião, entrevistei alguns nativos, como o pescador Valdenor Rodrigues que disse estar muito feliz: “Essa atitude de vocês traz pra nós carinho, alegria, não só ajuda médica, mas conforto espiritual também”. Para o aposentado Orlando Moraes, os voluntários deveriam vir mais vezes. “É mais fácil vocês chegarem de avião até nós, do que a gente ir a remo 18 horas rio adentro pra conseguir socorro médico”, disse. Já a dona Eugênia Moreira de Lima, 70 anos, só queria saber de curar a dor que estava sentindo por dentro. Quanto mais eu perguntava o que ela estava achando do projeto, mais ela me respondia: “É só essa dor mesmo que sinto por dentro e as minhas vistas que não estão boas”.
Depois de ter conhecido um pouco do povo; tirar bastantes fotos, me encarreguei de brincar com as crianças e não demorou muito; eu já contava mais de quarenta delas ao meu redor.
Umas me olhavam profundamente sem nada dizer, mas expressando um carinho intenso por alguém que “veio do céu”. “Tia nós vamos brincar” diziam outras. E eu botei pra quebrar. Brincamos tanto, que no outro dia, mal abriu a clínica e as crianças estavam todas lá novamente esperando as novidades do dia. Dentre as atividades, os “curumins” , como se tratam, aprenderam sobre a importância de se escovar os dentes. Entregamos escovas e pasta pra todo mundo e a tia Angélica (dentista de Borba) ensinou como se faz para deixar os dentes limpinhos. Pois é, o que pra gente é tão banal, tão corriqueiro, como escovar os dentes, para aqueles curumins era uma novidade e olhando tudo aquilo eu pensava o quanto tem gente precisando de ajuda nesse país.
Foram quatro dias de muito trabalho ali em Axinim, mas quatro dias de uma experiência imensurável. Sem contar que tomei banho de canequinha; dormi em rede; comi cacau, ingá e outras frutinhas mais. A Asas de Socorro tem muita história pra contar e muito trabalho pra realizar nos lugares mais remotos desse país. Mas, por ser uma ONG conta com a nossa colaboração seja em orações, voluntariado ou mesmo ajuda financeira. Se você tiver interessado em saber mais ou quem sabe também investir nesse projeto. Acesse o site: http://www.asasdesocorro.org.br/ ou contribua para o sustento dessa obra pela conta