Este blog tem o intuito de apresentar alguns fatos e boatos da aviação. A maioria das histórias foram vividas por mim, enquanto aeromoça, ou enviadas por colaboradores.Participe
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terça-feira, 26 de junho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Voo do babado
Eu achava que já tinha visto quase tudo nesta vida, mas vi
que ainda falta muita coisa pra se ver. Ontem, volta do voo da crônica anterior. Passageira com três crianças simplesmente apagou. A filha mais velha, uma menina de uns 12 anos, nos disse que
ela tem depressão e que toma um monte de remédio.
- Este, da mão direita dela - é para ela dormir e este, da mão esquerda, é pra ela acordar, disse a garota, informando ainda, que dali quatro horas daria o remédio para a mãe acordar.
COMO PODE??? Uma mãe deixar três crianças ao leo e apagar no voo. Engraçado que na hora de comer ela acordou e depois apagou de novo, nada acordava a mulher cutucão, chacoalho, nadaaaa.(só a comida, é claro) .
COMO PODE??? Uma mãe deixar três crianças ao leo e apagar no voo. Engraçado que na hora de comer ela acordou e depois apagou de novo, nada acordava a mulher cutucão, chacoalho, nadaaaa.(só a comida, é claro) .
Uma outra passageira com duas crianças: uma no berço e a outra num
cafofo bem gostoso no chão. Comissários foram lá e ela disse que nem o capeta
iria fazer ela tirar a criança. Lá fui eu. O capeta?? Não. Falei em alto e bom
tom, que ela estava colocando a vida da menina em risco e tal, que numa
turbulência, a menina iria voar longe e em caso de despressurização eles não
teriam tempo de consciência para pegar a menina. A mulher boquejou, boquejou. Deu cinco minutos o avião começa a balançar e ela pegou a menina rapidinho,
mas com várias tentativas durante o voo de repetir a façanha.
Uma terceira
também com duas crianças chega no avião doidaaa.
- Minha filha vai convulsionar
porque passou a hora do remédio e não acham minha mala, corria no corredor
igual louca. A filha dela tinha paralisia cerebral, mas estava quase falando "mamãe fica calma". Pelo desespero dela na porta do avião, lógico que o
comandante me mandou lá dizer que se a menina estivesse mal, ele não iria
levá-la. Mas num é que ela melhorou rapidinho. Nesse intervalo, ali na entrada da classe executiva um passageiro abre a porta do toalete e me cutuca. Acreditem se quiser,
tinha um par de sapatos lá dentro. Como que alguém vai ao banheiro e esquece o sapato? Saio eu pelos corredores perguntando quem tinha deixado o sapato. Ninguém se manifestou eu deixei os sapatos na galley. Enquanto isso, eu estava resolvendo outro problema com uma mãe que queria trazer a filha pra business -UP mesmo na cara dura, porque ela tinha síndrome do pânico. Além de um passageiro que queria saber onde o sol nascia pra ele rezar. O vice- primeiro ministro
britânico embarcando com comitiva de 10 assessores e o fogo comendo no voo.
Não teve jeito a mulher do apagão continuou dormindo. As
crianças chorando, uma com dor no peito, outra com dor de garganta. O sapato,
que eu tinha deixado na galley sumiu, pensei que a dona tinha aparecido. O sol não nasceu
em tempo do homem rezar, mas chego lá trás ele estava na rabeira do avião, ajoelhado, rezando. A menina do
chão não descansou de tanto que a mãe colocava no chão, tirava do chão, colocava no chão, tirava no chão. Enfim, toque de preparar para o pouso eu vejo os comissários da executiva pra lá e pra cá. Até que uma das meninas veio me avisar:
- Ane, a mulher tá lá na galley querendo o sapato dela.
- Até que enfim, pensei.
- Mas, o pior, jogaram o sapato no lixo e agora estão revirando as lixeiras pra achar.
Jesus me chicoteiaaa.
Barracos e barraqueiros
Passageira chegou na porta do avião e me disse:
- Dá pra
fazer um up grade pra FIRSSSST?
- Não senhora, aqui nós não temos essa
autonomia, tem que ser lá no balcão de check in.
- Ah, mas lá eu não consegui.
- Então, infelizmente eu não tenho como fazer isso.
- Ai que pena.
Dali cinco minutos, a mesma para outra comissária.
- Eu quero uma manta da firssssst, porque é mais macia.
- Mas eu sei que só tem um passageiro lá.
- Por isso mesmo. Só embarcou a manta dele.
- Então, eu quero dois kits daqui.
- Na medida do possível vou verificar a disponibilidade.E foi o que a comissária fez. Na verdade ela ficou com tressss kits.
Durante o duty free,ela comprou alguns itens e disse
assim:
- Cadê meus brindes???
- Brindes? Senhora a bordo não temos brindes, até por
questão de logística, de espaço.
- NÃO ACREDITO, a letra grande é pelo volume da voz dela.
EU COMPREI UM MONTE DE COISA E NÃO VOU GANHAR NADA?
Lá pelas tanta da noite, estou eu numa ronda quando vejo
no meio das poltronas centrais da classe executiva, um edredom esticado e quatro travesseiros, um ao lado do outro. Pensei comigo, será um ritual? ou alguém brincando de
casinha? Não, era a própria que estava preparando um cafofo para deitar-se no chão.
- Senhora, no chão não pode deitar.
- Ah não acredito, to morrendo de dor nas pernas.
- Sim, mas é para sua segurança.
- Ahhhhhh, quase chorando.
Farofa e farofeiros, onde não tem?
Água cristalina da lagoa |
Outro dia fui a um lugar muito exótico chamado Lagoa de
Arumã em Natal.
Exótico porque além de ser um lugar muito bonito de água
cristalina, ali eu vi de tudo. Penso que, por Natal ter praias maravilhosas para os turistas, as lagoas são mais
frequentadas pelos nativos. Eles levam churrasqueira, isopor, farofa mesmo,
estendem redes e tiram cochilo em qualquer sombra. Uns colocam trajes de banho,
outros vão de roupa e tudo na água. A entrada é de graça então, bora aproveitar.
Tem pedalinho, caiaque, aerobunda, e tem macaxeira com
feijãode corda. O interessante é escutar os nomes das pessoas, que vão de Raimundo a Ramon, uma versão mais
sofisticada. Mas, o povo potiguar é muito gente boa. São educados e
prestativos, porémmmmm, têm muitaaaaa
calma, mas pensa em muitaaaaa.
Povo dormindo depois de encher o buxo com linguiça e macaxeira |
Não tenha pressa pra comer e ser atendido porque
hora ou outra eles chegam.
Depois de alugar um carro pelo site ealuguerdecarro.pt ,
que vale muito apena, Os lugares que passei em Natal foram:
passeio de barco Marina Badauê em frente ao maior cajueiro
do mundo. R$ 35,00 por pessoa pra mergulhar com peixinhos, Litoral norte, praia
do forte, lagoa de pitangui, lagoa de Jacumã, Tem um parque chamado parque Santa Mônica que tem um atrativo chamado kamicase, uma descida de morro de
prancha de bodyboard numa pista de lona com água. A queda é numa lagoa,
delíciaaaaa. Maxaranguape, praia de Jenipabu com subida nas dunas para o pôr do
sol. Fizemos tudo de carro e a duna de jenipabu dá pra subir à pé. Quemquiser
se aventurar vá de buggi.
Praia dos Golfinhos em Pipa |
No terceiro dia litoral sul, fotos nas praias do cotovelo,
e a parada na lagoa de Arumã. Depois segui para o sul até Barra do Cunhaú para
repousar e no dia seguinte PIPA. Caí na besteira de chegar e sentar numa barraca
por insistência dos garçons e deixei para depois do almoçocaminhar até a praia
dos golfinhos, cheguei lá eles já tinham ido e olha que passaram a manhã toda
por ali. Mas, valeu a pena a praia é lindaaaaaaa.
Depois de um dia delicioso, bora pra casa.
domingo, 3 de junho de 2012
O portinho e o domingão
Carne, linguiça, salsicha, pandeiro, espetinho, bexiga, pagode comendo solto. Barrigas de fora, gente pescando, gente jogando, gente comendo. O som do carro com "na minha humilde residência", na última altura.
- Oh Ivanilde, traz o arroz, grita um.
- Tem pepsi? pede outro.
- Gente, pão de alho? oferecem.
- pega um garfo aí, escuto.
- O mãe, o Junior jogou água em mim, chora a menina.
É incrível a diversidade de pessoas, de sons, de comida....
- Aiii, uma formiga me picou. Mas, como eu ia dizendo, o portinho, braço de mar localizado na praia Grande, é um local perfeito para domingão.
Chegue cedo para guardar lugar. Ao meio-dia lota. Cada quiosque tem churrasqueira, mesa e bancos. Água só na torneira perto do banheiro. Banheiro? HUm leve seu papel.
O importante é diversão. Levei meu colchão inflável e deitei no chão. Foi quando tive a ideia de escrever este texto. Fiquei um minuto em silêncio pra ouvir as frases que citei acima. É realmente engraçado. A proximidade dos quiosques misturam os sons. Uns cantando parabéns para o aniversário da criança. Mais adiante um "bando de homem" sem camisa tocando pandeiro e cantando: "ai, ai, ai, ai, ai, assim você mata o papai".
Eu me diverti horrores reparando tudo isso.
E você, não sabe o que fazer no domingão? Saia, vá ao parque, tome sorvete, qualquer programa enriquece a alma, mesmo que for aquele "de índio".
Viva o portinho...
- Oh Ivanilde, traz o arroz, grita um.
- Tem pepsi? pede outro.
- Gente, pão de alho? oferecem.
- pega um garfo aí, escuto.
- O mãe, o Junior jogou água em mim, chora a menina.
É incrível a diversidade de pessoas, de sons, de comida....
- Aiii, uma formiga me picou. Mas, como eu ia dizendo, o portinho, braço de mar localizado na praia Grande, é um local perfeito para domingão.
Chegue cedo para guardar lugar. Ao meio-dia lota. Cada quiosque tem churrasqueira, mesa e bancos. Água só na torneira perto do banheiro. Banheiro? HUm leve seu papel.
O importante é diversão. Levei meu colchão inflável e deitei no chão. Foi quando tive a ideia de escrever este texto. Fiquei um minuto em silêncio pra ouvir as frases que citei acima. É realmente engraçado. A proximidade dos quiosques misturam os sons. Uns cantando parabéns para o aniversário da criança. Mais adiante um "bando de homem" sem camisa tocando pandeiro e cantando: "ai, ai, ai, ai, ai, assim você mata o papai".
Eu me diverti horrores reparando tudo isso.
E você, não sabe o que fazer no domingão? Saia, vá ao parque, tome sorvete, qualquer programa enriquece a alma, mesmo que for aquele "de índio".
Viva o portinho...
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